28/06/2011

Campanha - Dom Williamson e' inocente !!!




Dom Richard Williamson, entre nós orgulhosamente celebrado como “O Martelo dos Modernistas”, está sofrendo graves constrangimentos e perseguições. Acusam-no injustamente de “incitação racial” em razão de uma entrevista concedida, em 2009, a determinado canal de televisão sueco.

O vídeo dessa entrevista pode ser visto no YouTube. Nele se pode constatar facilmente que tais acusações não passam de repugnante mentira. Acaso seria ilícito questionar a história? Ora, fazem a todo o momento “revisionismos” históricos contra a religião católica, contra Cristo mesmo, e nem por isso nenhum dos que assim procedem é acusado de coisa alguma por nenhum estado. Por que então Dom Williamson não pode questionar o número oficial de mortos judeus sob o regime hitlerista? Que relação há entre duvidar de um número de mortos e qualquer incitação à violência ou promoção dos chamados crimes de ódio?

Ouça-se com atenção o que ele diz na referida entrevista, e responda-se a isto: em algum momento ele defende o nazismo ou o extermínio de judeus? Em nenhum momento. Logo, segundo os mesmos cânones do liberalismo dominante, ele não atenta contra a liberdade alheia.
Não estamos lançando aqui defesa alguma de nenhuma tese histórica. Apenas nos indignamos e tentamos defender da maneira como nos é possível um Príncipe da Igreja que vem sendo perseguido, de fato, não por causa de nenhum questionamento a episódios históricos. Bem se sabe que Dom Williamson não tem meias palavras quando defende a verdade de Cristo. Sabemos muito bem que é em razão deste zelo apostólico que este Bispo inglês é perseguido. Uma honra para ele – sofrer por amor a Cristo –; mas, se for da vontade de Deus, que se afaste dele este cálice.

Posto isso, convidamos todos os católicos a que se juntem a nós, do SPES, numa campanha de orações por Dom Williamson, para que ele não perca sua liberdade dessa maneira absolutamente injusta, e para que as perseguições que movem contra ele se interrompam ou ao menos se atenuem.
Que Deus – se isto convier à sua perfeitíssima Providência – se apiede deste seu servo que Lhe é tão fiel até em meio a tão duras perseguições e difamações.

SEMINÁRIO PERMANENTE DE ESTUDOS SOCIOPOLÍTICOS
SANTO TOMÁS DE AQUINO – SPES
http://spessantotomas.blogspot.com/2011/06/campanha-de-oracoes-pela-nao-condenacao.html

Devemos aceitar o novo Código de Direito Canônico de 1983?



O Código é um amontoado de leis, cada uma sendo uma ordem da autoridade competente: cada cânon no CDC de 1917 significa uma lei de Bento XV, e cada cânon do CDC de 1983 (conhecido como Novo Código) significa uma lei do Papa João Paulo II.

Para o Papa João Paulo II, a função do CDC de 1983 foi a de expressar a nova eclesiologia (i.e., um novo entendimento que a Igreja tem sobre sua natureza e missão) em linguagem canônica, que deverá ser sempre entendida á luz do ensino conciliar.

Mas esse Concílio, em particular, adulterou o ensino Católico.

Nós temos, então, que suspeitar da nova legislação que tenta codificar esses mesmos erros, estando sempre prontos a não aceitar todas suas "leis", mas somente aquelas que não comprometem o ensino Católico sobre fé e moral, evidentemente.

No geral, sentimos a perda da clareza, precisão e integridade que havia no CDC de 1917, mas isso seria uma razão insuficiente para rejeitarmos tais cânons.

EXISTEM, PORÉM, ALGUMAS NOVIDADES QUE NECESSITAM SER REJEITADAS:

* Canon 844, §4 permite a administração do sacramento da penitência (confissão), Extrema Unção e até mesmo a Santa Eucaristia á não-católicos que manisfetarem a "Fé Católica" nesses sacramentos.


Papa Bento XVI dando Comunhão ao Irmão Roger Schutz da comunidade protestante do Taizé.


Ex-Presidente Americano e protestante, 'Bill' Clinton, recebebendo Comunhão das mãos de um sacerdote católico.


Isso era considerado pecado mortal e, portanto, extritamente proibido (1917 CDC canon 731 §21) porque tal ato negaria implicitamente o dogma "Fora da Igreja não há salvação".

Isso é uma abdicação inadmissível ao ecumenismo modernista.

* Cânon 1055, §1 já não define o casamento por seu fim primário (a procriação da prole) mencionando-o somente depois dos fins secundários (o bem dos esposos). Esse último podemos verificar a luz dos anulamentos dados, que se tornoram a essência do casamento: os esposos se dão por inteiro um ao outro (e não somente "o direito exclusivo e perpétuo sobre o corpo do parceiro no que diz respeito aos atos capazes de gerar a prole em si próprio," 1917 CDC cânon 1081, §2) para suas auto-satisfações no casamento (canon 1057, §2).

Não são considerados casamentos, portanto, aonde um dos esposos não possa providenciar tal satisfação (cânon 1095, 2* e 3*, cânon 1098, etc., cf. cânon 1063, 4*). É daí que provém o fiasco dos anulamentos de hoje em dia. Nos Estados Unidos, por exemplo, foram dados 338 anulamentos em 1968; já em 1992, o número alcançou 59,030.

Portanto, sérias dúvidas devem ser tidas em relação aos anulamentos dados pelos Tribunais do Novo Ordo.

* Cânon 336 codifica a colegialidade do Vaticano II. O "colégio dos Bispos", uma invenção do século XX, é agora um corpo permanente (juntamente com o Papa) de supremo e pleno poder sobre a Igreja Universal. Além do mais, um bispo, participa nessa juridisção universal pelo mero fato de sua consagração (cf. cânon 375, §2).

(Isso se torna ainda mais perturbador se considerarmos o reconhecimento dado pelo Vaticano aos Bispos Ortodoxos. Cf., Papa Paulo VI - Citado em Balamand pela Comissão Intenacional Conjunta para o diálogo teologal entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, Pronunciamento Final §18 cf., §14; Unum Sint §§50-63).

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Essa colegialidade surrateiramente altera a divina constituição da Igreja, derroga os poderes do Papa e restringe seu governo da Igreja (e dos Bispos em suas Dioceses). "Conferências Episcopais" agora assumem autoridade e assim se tornam impessoais e irrefutáveis.

Essas são apenas as mais graves deficiências; outros pontos defeituosos incluem:

- casamentos com pessoas de diferentes 'confissões' (cânos 1125, 1127),




- diminuição de censuras (excomunhãodos maçons, etc.),




- o ensino de São Tomás de Aquino não ser mais estritamente aproveitado nos seminários (cânons 251ff), e




- absolvições gerais são bem mais prontamente disponíveis (cânons 961-963, etc.).




Em tempo, é interessante observar que para o Papa João Paulo II, o Código de Direito Canônico tem menos peso que a contituição conciliar.

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Most questions asked about the Society of St. Pius X, Angelus Press.

25/06/2011

O que devemos pensar do Novo Catecismo da Igreja Católica (1992)?


Essa pergunta ilustra as fundamentais diferenças entre a Fraternidade Sacerdotal São Pio X e os "tradicionalistas" conciliares ou conservadores. Esses últimos são frequentemente vistos defendendo tanto a Missa em Latin, como o "novo" Catecismo; mas não atacam abertamente nem o Novus Ordo Missae nem o Vaticano II. A Fraternidade Sacerdotal São Pio X, por outro lado, defende o Catecismo Tradicional e consequentemente a Missa Tradicional em Latin, e, portanto, ataca o Novus Ordo Missae, Vaticano II e o "novo" Catecismo; pois todos esses minam, em maior ou menos grau, nossa imutável fé Católica.

Conservadores defendem o (novo)Catecismo da Igreja Católica por sua reafirmação dos ensinos silenciados ou rejeitados pelos escandalosos catecismos modernistas; já a FSSPX o rejeita porque tal catecismo é uma tentativa de formalizar e propagar os ensinos do Vaticano II. O Papa João Paulo II concorda com isso:

O Catecismo, também, foi indispensével (1), para que toda a riquesa do ensino da Igreja seguindo o Concílio Vaticano II pudesse ser preservado numa nova síntese e ser dado uma nova direção.(2)

Basta-nos considerar as 806 citações no novo catecismo retiradas do Vaticano II, um número que alcança a média de uma citação a cada três parágrafos e meio ao longo dos 2,865 parágrafos do catecismo.

As novidades do Vaticano II aparecem, particurlamente, nos parágrafos abaixo:

* Infectado com a dignidade do homem (§§225; 369; 1700; 1929...),

* a tal ponto que devemos ter esperanças quanto a salvação de todos os batizados (§§1682ff),

* ou mesmo não-Católicos (§818)

* ou daqueles que cometam suicídio (§2283),

* e de todos os não-batizados, seja adultos (§847),

* ou bebês (§1261)

* no qual é a base de todos os direitos (§§1738; 1930; 1935) incluindo o da liberdade religiosa (§§2106ff)

*e o motivo de toda moralidade (§1706; 1881; 2354; 2402; 2407; etc.),

* o comprometimento com o ecumenismo (§820f; 1399; 1401) porque todas as religiões são instrumentos de salvação (§§819; 838-843; 2104),

* colegialidade (§§879-885),

* ênfase exacerbada no apostolado dos fiéis (§§873; 1547; 1140ff, etc.),

Agora, assim como aquele que rejeita um só artigo de Fé perde a Fé, assim também ocorre com o professor que erra em um só ponto e se mostra falível, pondo assim o seu ensino em questão.

Assim como o Concílio Vaticano II não é autoridade para se mencionar mesmo aonde se propõe o ensino Católico (pois não se faz infalivelmente, nem claramente), esse catecismo não é uma autoridade do credo Católico por causa dos modernos desvios que ele contém.

Aqueles que defendem esse catecismo estão apoiando as inovações do Vaticano II.



(1) i.e., assim como no novo CDC 1983
(2) Papa João Paulo II, Crossing the Threshold of Hope, London, Jonathen Cape, 1994, p. 164.

Most questions asked about the Society of St. Pius X, (pags. 57 e 5); Angelus Press.